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8 de junho de 2022

A Vanettencarnada VI ou carpintaria para totós, primeira vaga

Já apetece dizer que começa a parecer "alguma coisa"

Vou agora virar-me então para os móveis. Optei por uma construção simples (até porque complicada nunca me safaria :) ), em que é feita uma estrutura em ripas de madeira, que funcionará como o "esqueleto" do mobiliário. Esse esqueleto é depois coberto com placas de madeira (ou do que se quiser) fechando o espaço. Este sistema exige alguma atenção nas uniões mas é mais tolerante a erros e isso é justamente o que preciso

Munido então de uma quantidade suficiente de ripas aplainadas e de máscara, passei duas manhãs no laboratório/oficina topo de gama da OpoLab e aos poucos lá fui cortando, furando, colando e aparafusando. Algumas das máquinas lá quase que mereciam ser usadas com luvas. Foi um trabalho moroso e que exigiu alguma concentração, pois de acordo com Murphy todos os pequenos erros se somam numa mesma direção, criando um erro enorme no final!

No final lá saiu a estrutura do móvel/bancada frontal. Comecei por este por ser de longe o mais fácil. O lateral, com todos os recortes e arredondados do interior da carrinha, vai ser bem mais complicado, mas lá chegarei.









Não prestem atenção ao mascarado. Estava lá para garantir que eu não partia demasiado as máquinas






Até já.

2 de junho de 2022

A Vanettencarnada V ou a desmontagem e preparação do espaço habitacional, segunda vaga...

 

Com o chão isolado com a cortiça, está na altura de abordar a necessidade de o tornar regular. Para reduzir a torção sem usar chapa mais grossa, os fabricantes optam por criar "estrias" que conferem uma boa rigidez ao conjunto. Mas para este uso especifico prefere-se um chão plano. Muni-me assim de uma placa de contraplacado leve, para ser recortada e aparafusada ao chão.

Pois... recortada... e agora? Já olharam para a quantidade de cantos e recantos, cavas das rodas, degrau de entrada, etc? Pois. Aquilo não é reto, é curvo em quase todo o lado.

Depois de pensar um bocado, sem chegar a conclusão nenhuma note-se, deambulava com o meu cachorro pelas redondezas quando comentei comigo próprio ao olhar para o "papelão": Os meus vizinhos andam a renovar a frota de televisores por outros bastante maiores. Sortudos... Mas, mas, espera aí! Aquele cartão todo! E se eu fizesse um molde em cartão no chão da carrinha, que depois passasse para a madeira?

Sem mais delongas, qual funcionário do serviço de reciclagem, agarrei em todas as caixas de cartão grandes que transportei à cabeça até à garagem, ao mesmo tempo que o Sky (o tal meu cachorro) me olhava como se visse bem e ainda mais baralhado que o costume.

Nessa noite quase não dormi. Munido de régua, esquadro, fita e faca bem afiada consegui, apesar de com uma precisão discutível, transpor o formato do piso para bocados de cartão mal colados entre eles.



Quase orgulhoso deste passo fui descansar.

No dia seguinte chegou a hora da verdade, a de passar o molde para a madeira e cortar de forma a esta caber na carrinha.

Acho que isto é que é um Tico-tico...

Caber lá dentro seria quase um milagre

Mas, mas, mas... e não é que coube certinho!!


E nem está com muito mau aspeto, convenhamos.

Uns parafusos e ficou pronto. Já agora, envernizo? Sempre protegia da humidade das garrafas de cerveja entornadas e toalhas de banho encharcadas atiradas para um canto.

Como se trata de um espaço pequeno e fechado a ideia de respirar solventes e outros químicos a noite toda não me atrai de imediato, assim escolhi um verniz à base de água e apesar de ser difícil conseguir um aspeto brilhante e uniforme o resultado é quase satisfatório. Não acham? Eu nem por isso, aquele verniz poderá ser bom mas é para pintar unhas, mas pronto!



Até já

1 de junho de 2022

A Vanettencarnada V ou a desmontagem e preparação do espaço habitacional, primeira vaga...

 

Chegou a altura de preparar a caixa de carga da Vanette para a tornar habitável.

Para tal, retirados os bancos, arranquei e deitei fora todo o revestimento que por lá havia, entre alcatifas, plásticos e outros materiais diversos que de tão sujos e velhos nem consegui identificar.

Fiquei agradavelmente surpreendido de não ter encontrado ferrugem nenhuma e de apenas ter identificado uma "sucatice" no apoio de um dos bancos, problema rapidamente resolvido, pelo Hugo, claro.



É normal estas carrinhas terem em algumas partes da carroçaria uma folha de uma espécie de alcatrão para proteger das pancadas, do ruido e da ferrugem. O que não é normal é esse material estar totalmente disforme e embebido em sujidade.


Tratei então de raspar todo o chão até expor a tinta e depois de mais uma limpeza profunda protegi-o com um esmalte anticorrosivo uretanado. Aproveitei e tirei todos os painéis laterais que seguiram diretos para o lixo.




Entretanto chegaram mais umas peças para a montagem. O painel de controlo e o interruptor térmico


E para finalizar a preparação para o piso, forrei todo o chão com o melhor material para isolar térmica e acusticamente. A cortiça, claro. Uma vez que já se podia estar dentro da carrinha sem todo o lixo de que falei, comecei a forrar com XPS as partes laterais





Até já.