Quando decidi que estava na altura de avivar o andamento da Handa Nagazoza, comecei à procura pelas "internetes" de informação que me permitisse perceber o que queria fazer e como.
Quase tudo o que encontrei ou eram artigos com uma intenção meramente publicitária a esta ou aquela marca de componentes ou oficinas ou então eram comentários que se percebiam pouco conhecedores, os normalmente chamados palpites, que era a ultima coisa que eu procurava.
Já quase a desistir, dei com um
site técnico, de um tal
Mark Broadhurst com uma filosofia radicalmente diferente.
Este senhor explicava o que devia ser feito, como e acima de tudo, porquê. Vim a saber mais tarde, através de um apaixonado por estas máquinas cá em Portugal, o
Rui Carvalho, que estávamos basicamente a falar do
maior preparador de Lambrettas de Inglaterra e também colaborador de vários fornecedores de peças pelo mundo fora, Alemanha incluída.
Explicada desta forma a qualidade da informação, claro que imprimi tudo e devorei cada paragrafo de tão rica informação. Passou a ser a minha leitura de cabeceira e apesar de me ter suscitado mais duvidas do que oferecido respostas, percebi que estava efetivamente a ler as palavras de alguém que sabia.
Tratando-se de alguém residente em Inglaterra, onde a cena scooterista, especialmente no que toca a Lambrettas, está muito desenvolvida e com alguma concorrência, seria de esperar que os textos não dissessem tudo. E não diziam.
Nas entrelinhas lá consegui ler um pouco mais, mas não tudo.
Como não sou mecânico logo não sou concorrência, decidi escrever ao autor explicando-lhe o que me faltava saber e porque queria saber.
A primeira resposta aos meus pedidos não foi satisfatória, mas após algumas insistências, ele lá me foi explicando o que eu pedia.
Coincidências do destino ou o que lhe preferirem chamar, ele tinha uma viagem de mota já pensada e que incluía uma passagem por Portugal.
Resolvi retribuir a gentileza sugerindo-lhe um ou dois trajetos por este nosso fantástico país, sugestões elaboradas pelo organizador do Portugal de Lés a Lés, Ernesto Brochado. Imagina-se assim a excelente qualidade do roteiro.
Incluída estava uma passagem por Lisboa e pelo Porto. E assim foi. Chegaram ontem e partiram há minutos. No entretanto tivemos oportunidade de ir jantar uma bela de um francesinha, claro, sendo que o
Luís (Totti no fórum) veio de propósito da Figueira da Foz e o
Duarte Marques de Mangualde.
Muita e boa conversa, sobre animais domésticos exóticos, passeios em duas rodas, a cidade do Porto e também sobre Lambrettas, claro, o que já estaria a levar a paciência da namorada dele ao limite.
Já hoje uma passeata de mota pela cidade, à qual compareceram além da minha Heinkel, duas DL conduzidas pelo Duarte Marques e diretamente de Aveiro, pelo
Bruno Canha. Pois, tudo participantes do Lés a Lés.
Foram duas horas de um calmo rolar por locais como o Palácio da Bolsa, as Ribeiras do Porto e Gaia, a Afurada, Serra do Pilar, Fontainhas, Estádio do Dragão, Casa da Música, Castelo do Queijo, Barra dos Pilotos, Passeio das Virtudes, Edificio da Relação e Torre dos Clérigos.
Por fim lá os levei até à Auto-Estrada onde seguiram rumo a Bragança com passagem por Braga.
Poucas fotos tirei, mas como do que não há fotos, diz-se que não aconteceu, aqui fica um par.
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É difícil tirar os olhos da Heinkel :) |
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Notam alguma semelhança nos Lambrettistas? Eu noto! |
Um agradecimento especial ao Duarte, ao Bruno e ao Luís por comparecerem de longe e com tão pouco tempo de aviso.