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17 de agosto de 2011

Ibero 2011 mas não comi nem uma maçã

Este ano não tenho podido ser muito assiduo em passeatas, mas desta vez tinha de ser. O Ibero de Arganil deixou-me água na boca e Armamar ameaçava ser parecido. A improbabilidade da escolha dos locais do Ibero tentava-me a levar a minha mais improvável scooter, a Heinkel, mas como faltei à promessa de levar a T5 a fazer o Lés a Lés deste ano, achei que lhe devia esta pequena compensação. Lá me consegui organizar e convencer um amigo a ir comigo mais tarde. Habituamo-nos a companheiros de viagem. Quatro da tarde na Praça Velasquez sim, bem sei que devia ter sido no Estádio do Dragão, mas é perto e lá chega o Bob com a sua 150K com a simpatiquíssima Sofia à pendura. Bem vinda a estas tolices, Sofia. Arrancamos sem delongas e depois do mínimo indispensável de Auto-estrada, colamo-nos ao alcatrão (leia-se buracos) da N15 por Baltar, Paredes, Penafiel até Amarante onde uma pausa permitiu à pendura da 150K esticar as pernas, afinal ela está a começar e assim teve oportunidade de mostrar o primeiro arranhão no já menos imaculado Nexx X60. De volta à nacional a paisagem ficava cada vez mais interessante enquanto passávamos Mesão Frio, atingindo o apogeu ao descer para a Régua. Dali a Armamar era um saltinho de estrada bonita e sinuosa com a T5 a pedir para brincar um pouco. Graças a uns locais não erramos o desvio para a serra de S. Domingos, onde além da organização estavam já uma mão cheia de scooters. Rever amigos, distribuir abraços, montar tendas e ala para o jantar seguido de conversa, copos e Test-Drives à PCX do Diogo Ex-Today. Quero ver é como é que no Camping vamos arranjar tenda com tamanho para a esconder.
Já de novo no parque precisei de 2 horas e três tentativas para me decidir finalmente a descansar de tão boa que estava a companhia. Eram 3 da manhã e ainda chegava gente.
Sábado estava eu a tomar o pequeno almoço e já o Bob voltava de uma passeata a solo que nos inspirou, a mim, ao Paulo Salgado, ao Daniel e ao meu companheiro de viagens granditas, o Vasco, a ir explorar as redondezas pela N226 até Moimenta da Beira. No parque fizemos o almoço com uma sopa e uma sande e lá arrancamos em caravana para S. João de Tarouca com visita às Caves da Murganheira. A T5 não gosta do ritmo pachorrento e inconstante das caravanas e ou por isso ou pela proximidade das eventuais moscas do vinho das caves, tossiu, mas só uma vez. Afinal a Figueira é longe e não contas que estes insectos se dediquem a tão grandes odisseias. De volta ao parque, debaixo de um vendaval que não me recordo de igual era hora de tratar do jantar, mas não para mim. A minha logistica impedia-me de ficar mais tempo e apesar de saber que o prato forte estava reservado para domingo, lá levantei acampamento. Pelo menos enfartei-me com o aperitivo. Era obrigatório que regressasse ao Porto naquela noite. Foi dos momentos que mais me custaram. Ainda por cima estava prometido um passeio por terra no domingo. Enfim. Saí ao por do sol e ao passar a Régua era já noite. O motor da T5 surpreendeu-me pela facilidade com que consegue manter sem esforço uma velocidade adequada para as nacionais, livrando-me das ultrapassagens à enlatado e com a sua boa ciclistica a permitir-me umas curvinhas arrojadas. Sempre pela nacional não resisti a dar uma espreitadela à Romaria da Senhora da aparecida na Lixa e a um concerto num jardim em Baltar. Viajar por nacionais tem estes luxos. Nem me dava conta de estar a viajar de noite, por estradas mal iluminadas, com uma scooter com mais de 20 anos. A barulho e a vivacidade do motor hipnotizavam-me. Em menos de um fósforo estava em casa, com vontade de ter ficado mas contente por ter podido ir. Obrigado ao pessoal do VCL que mesmo sempre na brincadeira consegue um nível de organização invejável. Obrigado aos meus amigos pela companhia e conversa na estrada e fora dela.