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13 de fevereiro de 2022

A Vanettencarnada IV ou reparações sem importância nenhuma, terceira vaga...

Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas, por isso enquanto a Vanette espera pelo trabalho, vais fazendo uns "biscates". O Carlos precisava de trocar umas motas entre garagens. Sim, o Carlos tem muitas motas e algumas garagens. Assim em troca da informação de um bom restaurante para os lados de...., pois, não digo! :)  Passamos um dia a trocar veiculos de duas rodas sem que a carrinha nunca se negasse.



Uns dias depois o Rogério precisava de levar umas "coisas" para o outro lado do rio Leça. Seja :)


De facto ela é pequenina mas tem muita arrumação :)

Decidi assim antecipar-lhe uma prenda. Os amortecedores da mala estavam mais que gastos e apesar de não ser uma peça especialmente cara em marca nenhuma, na Nissan é! Pior, não a tinham em stock em lado nenhum e teriam de ir pedir à Nissan que iria ver se tem alguma coisa! A sério!?

O que vale é que tenho bons amigos e talentosos na fabricação. Assim comprei uns amortecedores de outra marca mas com o diâmetro e a pressão igual. O comprimento era ligeiramente menos, assim fui choramingar para o Hugo da Opolab que de imediato tratou de tirar as terminações específicas do antigo, estender uns milímetros e soldar tudo de novo.







Resultado final: Perfeito, claro. Obrigado Hugo.



Já sei que a carrinha tem a forma de um paralelipipedo. Já sei que de aerodinâmica não tem nada, já sei que é um Diesel com tecnologia antiga, mas bolas, andava a gastar mesmo muito. Lembrei-me de ir ver o filtro de ar e em boa hora o fiz. Dizer que estava sujo seria uma subavaliação e quase um insulto às "toneladas" de pó que o habitavam. Troquei e de imediato consegui fazer o dobro dos quilómetros com o mesmo combustível! A sério.

 Enquanto me divertia a fazer os Km´s extra que o novo filtro de ar me oferecia, o painel de instrumentos apresenta-me uma surpresa:



Esta luzinha nunca é bom sinal, mas felizmente foi o melhor sinal possível. Uma troca de escovas do alternador e tudo voltou ao normal.

Aproveitei e já que estava com as ferramentas à mão tratei de apertar a caixa de direção. Além de pesada pois não tem direção assistida, estava com uma folga exagerada. Felizmente a afinação é uma operação simples que passa por ajustar um parafuso e respetiva contra porca e pelo aspeto creio que nunca tinha sido ajustada. Ficou francamente melhor e totalmente dentro das especificações de fábrica.

2 de fevereiro de 2022

A Vanettencarnada IV ou reparações sem importância nenhuma, segunda vaga...

 

A Nissan Vanette foi um sucesso um pouco por todo o mundo, com especial relevância para a América Latina, Ásia e Espanha. Em portugal nem tanto. A Toyota com a intemporal Hiace conseguiu ocupar esse nicho de mercado de forma mais ampla. Ao contrário, os nossos vizinhos Espanhois até as fabricavam e gostavam especialmente desta versão "quadrada", a C220. Existiam variantes para carga, para 5 e para 8 passageiros Algumas ainda hoje são usadas todos os dias tanto para carga como para transporte de passageiros. O motivo deste sucesso explica-se numa imagem:

Aceitei então a oferta para acompanhar um amigo, o Carlos Barros, numa incursão a terras Galegas, onde ele se desloca amiúde para se abastecer de peças usadas principalmente para Vespas e sucedâneos. Tinha-lhe falado que me faltava a grelha frontal da carrinha e mais uma mão cheia de peças.

Lá fomos. Chegamos a Vigo por volta da hora do almoço e claro fomos primeiro saboraear uma Tapas. Recompostos seguimos por estradas e caminhos manhosos até um terreno quase baldio, de onde surgiu um tipo de uns três metros de altura por dois de largura decorado com tatuagens diversas! Espera aí, estás à espera que eu negoceie com um tipo deste tamanho? Não te preocupes, ele é um metaleiro simpático. E era, de facto, um "amistoso gigante". Seguimo-lo por entre barracos e telheiros com o meu amigo a aproveitar para negociar logo um Vespino e umas duas ou três scooters mais uma bicicleta que por lá estavam atiradas. Chegamos a uma cave manhosa onde em cima de uma mesa estavam já dispostas e limpas várias peças soltas de Vanette. Escolhi o que precisava e por pouco dinheiro trouxe uma roda suplente, a grelha frontal completa, o manipulo das luzes e piscas e ainda uma tampa central dos cubos das rodas. Ainda discuti o preço de um suporte de bateria mas desisti porque estava demasiado apodrecido. Para isso serve-me o que já tenho.

Por mim estava tudo tratado. Mas antes de carregarmos a carrinha ainda nos "obrigou" a ir ver a Vanette dele (sim, por lá este modelo começa a ser quase um culto). Foi provavelmente a Vanette mais feia que já vi, mas percebendo a vaidade que ele tinha nela não o deixei transparecer. Os meus olhos lacrimejavam ao observar as capas dos bancos em tigresa, o tecto e laterais em veludo azul de pelo comprido, o tapete a imitar persa no chão da caixa de carga e a bailarina pendurada no retrovisor. Sorri simpaticamente elogiando o bom estado de limpeza da carrinha.

Mal cheguei a casa instalei de imediato a grelha. Ficou com um ar bem menos "desdentado"


Agora era oportuno limpar bem as luzes, ou seja farois e piscas.

Com os piscas e luz de presença foi fácil. Desmontar, limpar muito bem e remontar.


Já um dos faróis exigiu alguma atenção adicional. O vidro estava partido e tinha até um furo.



Podia remediar com silicone mas como o refletor também já tinha sido afetado pela quantidade de água que estava dentro, decidi ir à procura de outro farol. E encontrei, Com a designação certinha :)

É uma peça usada mas estava em perfeito estado.


Gostei do resultado final

O do lado direito precisou de atenção no parafuso do afinador, mas claro que o Hugo Cardoso da Opolab resolveu de imediato o problema:



Em validação do resultado final resolvi olhar também para as luzes traseiras. Um dos farolins estava com bom ar, mas o outro nem por isso. Consegui encontrar um "New Old Stock" e o outro só precisou de limpeza, lampadas novas e um jeitinho na fiarada