Número total de visualizações de páginas

6 de dezembro de 2015

Sexta Feira 13

Queimada, esconjuro, rezas, musica, comida, gigantones luminosos, bebidas em chama, pessoas fantasiadas pelas ruas, fogueiras, castelos iluminados.

Há já algum tempo que sentia curiosidade por conhecer as festas místicas baseadas em crenças obscuras de bruxas e duendes, em lugares como Vale de Perdizes ou Montalegre.
Um feliz acaso levou-me em reunião de trabalho a Montalegre no passado dia 13 de Novembro, uma sexta-feira.
Tenho de voltar com uma lente que se dê melhor com pouca luz.























Moscas da Figueira - Edição 2015



Em 2007, no Fórum ScooterPt surgiu a ideia de fazer um almoço, lá para os lados da Figueira da Foz, como uma boa desculpa de anunciar a proximidade do Natal e juntar amigos.
Apenas adiado em 2008 em que foi substituído por um passeio para os lados de Cortegaça, todos os anos um magote de amigos em scooters velhas, ruma até aos Carritos, na Figueira da Foz, para comer sopa da pedra, churrasco e conversar.
Inicialmente anunciado como Almoço de Natal ScooterPt, as peripécias da minha Vespa T5 logo na primeira edição, magistralmente relatadas pelo Bob:
(...)Lá tentamos subir a serra, mas entrou uma mosca para o carburador da T5, o que obrigou à sua abertura para que a mosca pudesse sair(...)O Bob prontamente sacou da lanterninha e da chave de fendas de carro, e lá deixou sair mais uma mosca do carburador desportivo italiano de meados dos anos 80(...)Ler mais

 E ilustradas pelo Coriscada:




, fizeram com que passasse a ser mais conhecido por Moscas da Figueira.

Por esse motivo tenho sempre levado a minha Vespa, com exceção do ano passado.
Nos últimos dois ou três anos, tenho saído sempre sozinho do Porto, mas ontem pude contar com a companhia do Ulisses, AkA Vespão, que na sua PX200 e qualquer coisita, foi um excelente companheiro de estrada. O Mesquita era também para seguir connosco, mas ao que parece uma nova estirpe de moscas da figueira que prefere secadores, apanhou-o logo à saída e teve de voltar para casa... a pé.
Estive para lhe dizer que levasse a minha Lambretta, mas ele podia levar a mal. :)
No almoço estiveram todos os que conseguiram participar e fomos brindados ainda com a presença de uma geração mais nova, levada pelo Marrazes, que com menos de 20 anos começam já a perceber os encantos destas máquinas velhinhas. Ainda apareceu lá uma mosca, mas moribunda e que apenas conseguiu provocar uma acesso de tosse a uma BW's.
Ponto alto do dia, foi obviamente o encontro casual com o Mauro que viajava numa Sucati, perdão Ducatti acompanhado pela namorada, rumo ao Douro. Avistou-me e rapidamente deduziu: Rui+Vespa T5+Dezembro+Figueira da Foz= Maria, meia volta e vamos almoçar à Figueira.
Curioso como os amigos sempre se encontram. Seria impossível combinar tal casualidade.
Regresso em bom andamento e chegada ao Porto já de noite, com ovos moles no porta luvas.
Obrigado a todos.














3 de dezembro de 2015

Heinkel, a trilogia

Em 2008 de Bragança a Sagres, em 2009 de Boticas a Olhão e agora de Sabrosa a Albufeira, a minha Heinkel, do alto dos seus 55 anos de idade, continua a ser a companheira de aventura que me acompanha desde os meus 16 anos. Construída em terras Alemãs, adquirida pelo meu avô, usada pelo meu pai e agora na minha alçada, promete continuar a proporcionar km's de prazer por tantas gerações mais quantas quisermos.
O Lés a Lés tem sido a desculpa para estes passeios e os meus amigos a companhia indispensável.
Sempre soube que fazer um passeio deste tipo, acompanhado por mais de um milhar de motos potentes, numa vetusta senhora de rodas de triciclo, com um pequeno motor de 9 Cv, sem qualquer modernice tecnológica, não seria fácil. E por isso mesmo o fiz. Três vezes. Porque me apeteceu. Porque me quis desafiar. Porque tinha tudo para correr bem.
Neste tipo de "sagas" há muito a ter em atenção.Ou talvez nem por isso. Talvez apenas três coisas.
-Vontade, para que o destino seja a própria viagem e essa nunca me faltou. O Lés a Lés para mim dura 12 meses. Doze meses em que preparo, penso, espero.
-Confiança. Confiança num técnico. A Motocentral tem sabido exceder-se em cada projeto que lhes proponho, preparando as minhas máquinas como se eu fosse um piloto de fábrica de renome. Vendo e revendo tudo inúmeras vezes. Corrigindo e afinando como se estivessem a mexer num relógio suíço. Trabalhando noites fora.
-Amigos. Atravessar o país por estradas esquecidas, paisagens deslumbrantes, caminhos empoeirados ou serras deslumbrantes menos interesse terá sozinho. A minha "equipa" tem vindo a aumentar a cada ano que passa. Primeiro éramos eu o Vasco. Depois apareceu o Paulo e o Duarte. E o Miguel. E o Castanheira.
A eles não preciso explicar porque é que não vim nesta ou naquela mota, Nem porque me apetece ir devagar ou depressa. Nem porque me perdi. Nem a eles porque lhes apeteceu parar. Ou andar. Sentimos todos vontade idêntica de lá estar. De ir. Sem preocupações, sem querermos espreitar à frente no Road-Book ou tomar atalhos para chegar a onde quer que seja. Preferimos a surpresa, o passeio, pois a viagem é que é o destino.
Hoje, 3 de Dezembro, marcamos a ultima estadia do Lés a Lés de 2016. Vamos de novo aproveitar cada Km deste magnifico país onde temos a sorte de viver.
Vamos sair de onde chegamos em 2015, Albufeira. Cidade tão mal tratada por recentes temporais, que quase fizeram desaparecer a praia de onde sairemos, mas que está a mostrar porque é a capital do turismo Algarvio.
Vamos saborear cada metro até ao Buçaco, onde viajaremos dentro da mata, até ao palanque. Retemperaremos as nossas forças no Luso, de onde arrancaremos rumo a Vila Pouca de Aguiar.
Com dois dias de passeio antes para chegar a Sul e mais um para regressar a casa, antevejo quase seis dias de liberdade em duas rodas.
Desta feita tenciono levar a Lambretta que gosto de chamar "Handa Nagazoza", a minha italiana endiabrada, a única que nunca quis restaurar e que me trouxe já em 2014 de Lagoa a V.N.Gaia.
Este ano foi assim:



















 





Fotos 3 e 10 do Castanheira