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30 de janeiro de 2022

A Vanettencarnada IV ou reparações sem importância nenhuma, primeira vaga...

Quando trouxe a carrinha para casa, vim o caminho todo a concentrar a minha atenção em duas coisas. A primeira, desafiante mas importante, foi manter as rodas na faixa correta. A direção, a suspensão e sei lá mais o quê pareciam operar com vontade própria e nem sempre a mais adequada. Não foi propriamente fácil, mas com cuidado e devagar lá cheguei sem sobressaltos de maios. A segunda era tentar perceber o que funcionava ou não. 

Descobri que a buzina nem sinal de vida dava, mas em compensação o isqueiro funcionava. Prioridades! Em casa rapidamente reparei as buzinas e quando ía acender um cigarro para comemorar... o isqueiro já não funcionava! Problema também rapidamente resolvido com um de substituição oferecido pelo meu mecânico habitual Obrigado, Sr. Gouveia.

O chinfrim que se fazia ouvir lá dentro também me motivou a rapidamente substituir o rádio e as colunas, também avariadas. Perdi a cabeça e lá comprei umas Pioneer (Wow) e, pasme-se, um rádio com BT, camara traseira, ecrã táctil e o diabo a quatro.





Uma maravilha. A carrinha deixou de fazer barulhos. Basta subir o volume no comando incluído. Um luxo :)



23 de janeiro de 2022

A Vanettencarnada III ou as reparações aos soluços

Por mim começava já a desmontar tudo dentro, mas como preciso ter a carrinha pronta a ajudar numa mudança que pode acontecer a quaquer momento, escondi as ferramentas pesadas e vou fazendo reparações mais pequenas. Igualmente necessárias mas que não implicam a imobilização por vários dias. Mas o lixo que ela tem por dentro anda a mexer-me com os nervos. Mesmo sem desmontar todo o interior, tenho de atenuar o problema.

Os bancos fedem ao longe. E são muitos. Tenho andado com eles tapados com capas plásticas, para proteger a minha roupa, não os estofos. A terceira fila está só suja, fede menos e tem muita napa rasgada. Mesmo com cortes. Porque diabo será que começo a suspeitar que andou por perto gente que gosta de armas brancas? Ah, já sei. Isto estava debaixo de um dos bancos

A fila do meio está imunda e com alguns rasgões mas com a espuma firme.

O banco do condutor está rasgado de lado, vulgar nas carrinhas pois é preciso subir para entrar e nas costas parece um pano solto, sem molas nem espuma. Igualmente sujo por todo. O banco do passageiro, esse pronto, está sujo e um pouco gasto mas nada demais.

Decido então tirar as duas filas traseiras e aplicar todos os desengordurantes e detergentes fortes que encontrei, lixivia incluída. De molho uns dias e de seguida umas mangueiradas valentes com pressão. Melhoraram francamente e a quantidade de água suja que saía era assustadora.



Uma semana a secarem e já estão utilizáveis. Na verdade não os vou utilizar já e bem que mereciam ser estofados, mas mais lá para a frente vejo.

Com esta limpeza o mau cheiro passou de insuportável a muito difícil de suportar. Algumas melhorias, portanto.

Com os bancos cá fora decidi começar a desmantelar o interior, ou melhor, a deitar fora o interior.

Apareceram moedas, pregos, parafusos, bocados de vidro, brocas...


A alcatifa parecia plástica de tanta gordura, a cobertura da cava das rodas apresentava uma cor indefinida e o plástico junto à chapa não quis ainda sair todo. Existem algumas peças de fixação dos bancos que estão a fazer-se de teimosas. Mesmo assim achei por bem começar a lavar o interior. Estacionei a carrinha numa rampa ingreme, abri a traseira, tapei o banco do condutor e com recurso a um forte detergente para chão e uma máquina de alta pressão estive meia hora a ver lama a escorrer lá de dentro, que estranhamente alternava entre o castanho e o preto...


Mais uma semana na garagem a secar, desta vez com a ajuda de um desumidificador.

Enquanto esperava que secasse fui limpando melhor os vidros com a ajuda de um raspador de uma placa vitrocerâmica, pois havia sujidade que só assim consegui tirar. As costas do banco do condutor pareciam um pano oco. Desmontei e percebi que as molas estavam partidas. Reparação fácil. Mais difícil foi lavar o tecido e a espuma. Mas ficou feito e com tudo reposto até se está confortável.

Até já.

16 de janeiro de 2022

A Vanettencarnada II

Pus-me às voltas da carrinha com atenção a tentar perceber o que precisa e com que grau de prioridade.

Rodeei-a uma vez, duas, três... e concluí que precisa de quase tudo. Dificilmente apenas "passar um paninho" iria ressuscitar esta Japonesa. Bem, por algum lado tenho de começar! Vamos então protegê-la dos elementos primeiro. Avizinha-se chuva e falta-lhe um vidro! Aliás dois. O da porta do condutor e outro na porta lateral, substituído por um bocado de acrílico cortado com uma tesoura mal afiada! Apesar de demorado não foi difícil encontrar um dos vidros no representante mais próximo. O lateral é outra história e para já fica como está. Dois problemas resolvidos. Ou um e meio, seja.

Fui conduzi-la um bocado. Entre travões que mal abrandam a carrinha, um banco do condutor sem apoio nas costas, uma direção tão folgada que apenas se consegue andar aos "esses" e tão pesada que até já renovei a minha inscrição no ginásio, mais o bambolear continuo de amortecedores ineficientes, o chocalhar de tudo o que é peça e o cheiro pestilento que reina no interior, decidi atalhar o passeio e rumei ao mecânico.


Estagiou lá uma semana. Amortecedores, pastilhas, maxilas, discos, direção, rótulas, rolamentos, vedantes, fios, cabos, linhas de travões, etc. etc. e a típica revisão de fluidos e filtros. Esta coitada não via uma oficina há anos. A boa notícia é que o mecânico garante-me que pelo desgaste (ou falta dele, aliás) do motor, a quilometragem indicada no mostrador será perto da real. Adicionalmente, ferrugem por baixo não tem nenhuma :)
























Voltei com a carrinha segura e a funcionar bem. Rumei direto ao centro de inspeções e aproveitei para fazer a IPO que estava quase na altura. Vou querer ter a carrinha semidesmontada uns tempos e passaria o prazo. Sem pedidos nem favores, passou sem anotações. Ufa.





Mas... continua a cheirar mal lá dentro. Muito mal.