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23 de janeiro de 2022

A Vanettencarnada III ou as reparações aos soluços

Por mim começava já a desmontar tudo dentro, mas como preciso ter a carrinha pronta a ajudar numa mudança que pode acontecer a quaquer momento, escondi as ferramentas pesadas e vou fazendo reparações mais pequenas. Igualmente necessárias mas que não implicam a imobilização por vários dias. Mas o lixo que ela tem por dentro anda a mexer-me com os nervos. Mesmo sem desmontar todo o interior, tenho de atenuar o problema.

Os bancos fedem ao longe. E são muitos. Tenho andado com eles tapados com capas plásticas, para proteger a minha roupa, não os estofos. A terceira fila está só suja, fede menos e tem muita napa rasgada. Mesmo com cortes. Porque diabo será que começo a suspeitar que andou por perto gente que gosta de armas brancas? Ah, já sei. Isto estava debaixo de um dos bancos

A fila do meio está imunda e com alguns rasgões mas com a espuma firme.

O banco do condutor está rasgado de lado, vulgar nas carrinhas pois é preciso subir para entrar e nas costas parece um pano solto, sem molas nem espuma. Igualmente sujo por todo. O banco do passageiro, esse pronto, está sujo e um pouco gasto mas nada demais.

Decido então tirar as duas filas traseiras e aplicar todos os desengordurantes e detergentes fortes que encontrei, lixivia incluída. De molho uns dias e de seguida umas mangueiradas valentes com pressão. Melhoraram francamente e a quantidade de água suja que saía era assustadora.



Uma semana a secarem e já estão utilizáveis. Na verdade não os vou utilizar já e bem que mereciam ser estofados, mas mais lá para a frente vejo.

Com esta limpeza o mau cheiro passou de insuportável a muito difícil de suportar. Algumas melhorias, portanto.

Com os bancos cá fora decidi começar a desmantelar o interior, ou melhor, a deitar fora o interior.

Apareceram moedas, pregos, parafusos, bocados de vidro, brocas...


A alcatifa parecia plástica de tanta gordura, a cobertura da cava das rodas apresentava uma cor indefinida e o plástico junto à chapa não quis ainda sair todo. Existem algumas peças de fixação dos bancos que estão a fazer-se de teimosas. Mesmo assim achei por bem começar a lavar o interior. Estacionei a carrinha numa rampa ingreme, abri a traseira, tapei o banco do condutor e com recurso a um forte detergente para chão e uma máquina de alta pressão estive meia hora a ver lama a escorrer lá de dentro, que estranhamente alternava entre o castanho e o preto...


Mais uma semana na garagem a secar, desta vez com a ajuda de um desumidificador.

Enquanto esperava que secasse fui limpando melhor os vidros com a ajuda de um raspador de uma placa vitrocerâmica, pois havia sujidade que só assim consegui tirar. As costas do banco do condutor pareciam um pano oco. Desmontei e percebi que as molas estavam partidas. Reparação fácil. Mais difícil foi lavar o tecido e a espuma. Mas ficou feito e com tudo reposto até se está confortável.

Até já.

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