Primeira etapa até Albergaria, com compasso de espera onde aproveitei para fazer um amigo
Até que o Vespão do Barreto tardou mas chegou.
Mais via rápida, agora em câmara mais lenta, que o Vespão gosta de viver a vida com calma, e à medida que a altitude aumenta, a temperatura desce. Muito. Ao passar na Torre, já se via a Serra coberta de neve há muito, mas com a estrada desimpedida. O frio faz suspeitar que cada poça de água seja uma mancha de gelo e o ar rarefeito obriga a um esforço adicional dos pequenos motores.
Penhas da Saúde. Paramos. Era este o destino. Éramos quase os primeiros. Minutos depois chega a comitiva sulista, a derreter os motores a subir da Covilhã. De novo se percebe o que não é de explicar. Ao rever os amigos constata-se que o tempo longe pouco conta. O partilhado é que importa.
Instalamo-nos. Com febre de Serra alguns voltam a descer para o repasto. Eu e outros preferimos jantar por ali.
A meteorologia brinda-nos com mais neve. Brincamos com ela. Tentamos cair poucas vezes.
Não queremos sossegar. De noite dizemos parvoíces à volta da lareira e gravamos marcas na neve. De dia desafiamos a probabilidade de estradas fechadas e arriscamos transformar as scooters em quebra-gelos.
Viajamos. Em Manteigas há tabaco. Vamos lá fumar. Não nos apetece sossego.
Em Janeiro de Baixo há lugares bonitos. Vamos lá ver. Chove. É noite. Com os pneus que o viajante dos 15.000Km's não gosta, cada minuto foi um desafio e um prazer. A hora do jantar vai passar. Que importa? Estamos a viajar e com amigos. A viseira embacia, mas o farolim da que me precede ainda se vê. Quase. A neve no largo da pousada desafia-nos. E aceitamos o desafio. Brincamos como putos para descobrir o Ibero e marcamos o território.
Vamos comer bolo de aniversário não sei de quem à "discoteca" local. As colunas são roufenhas. E depois?
Também se dorme, mas pouco.
De manhã atraso-me sempre. Alguns não podem esperar, outros sim.
Os que rumam a sul saem primeiro. Despedimo-nos com um até já. Porque é mesmo até já. O tempo longe pouco contará.
Rumo a norte pela Torre na companhia de duas Lambrettas. Paramos na Torre. Muita neve e ainda mais frio.
A G.N.R. avisa-me: Está a chegar uma tempestade. Descemos para Sabugueiro. E sempre vinha uma tempestade. E vinha dali. Tivemos de a atravessar. Vento forte, gelo na estrada, frio, nevoeiro. Seguia na frente e pela primeira vez usei efectivamente os quatro piscas. Com visibilidade mínima a descida foi desafiante, mas a prova de queijo na aldeia fez valer a pena. O tempo lá se compôs e as Lambrettas acompanharam sem esforço. Albergaria de novo. As Lambrettas não avariaram. Despedidas e um até já.
Cinco da tarde já no Porto. Dormito no sofá, mas preferia acordar e ser sexta de novo.
Obrigado
"Serrafallus" é muito bom!!! :D
ResponderEliminarFim de semana mesmo em GRANDE...
e pensar que duas semanas antes tinha dito ao Maximo que não estava muito numa de ir porque não conhecia ninguem....baahhhhhh.....malta 5 estrelas!!!!
só uma coisa...é Janeiro de Baixo e não Janeiras de Baixo!!! :D
grande abraço from arganil "the city"
Corrigido :)
ResponderEliminarMelhor Ibero de sempre...
ResponderEliminarO passeio a Janeiro de Baixo foi a cereja no topo do bolo.
Continuo a achar que esse amarelo não é exactamente igual ao d´orige e que esse guarda lamas... (é só inveja)
Um grande abraço
Cbranco
Esses desenhos deviam ter bolinha associada. Eu sei onde será o Ibero 2013 e troco essa informação por uma T5 restaurada com parafusos zincados dórige.
ResponderEliminarAbraços,
Vasco
A Serra tem algo de especial.
ResponderEliminarNão sei se por ser o primeiro passeio do ano, se pelo frio, se pela "parvoíce" de conduzir debaixo de neve... mas uma coisa é certa, pelos amigos é de certeza!
Obrigado a ti e a todos pela companhia.
E aquele gajo de Arganil que não sabia se havia de ir... ;)
O amigo que conheceste em Albergaria estava muito pensativo, disseste-lhe para onde ias...?
ResponderEliminarAquele abraço
Desafiei-o. Dizia que o casaco dele podia não chegar. Talvez tivesse razão.
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