Julho 2020. Ao tempo que isto já foi.
Mas agora o tempo não se mede em dias,semanas, anos pois não?
Mede-se em liberdade.
E foi mesmo por isso que os quatro que todos os anos gostam de se encontrar na estrada adaptaram o seu encontro.
Por sorte comum um de nós tem casa no centro do país, mesmo ao lado da Serra da Estrela. A zona centro do nosso país tem muito para oferecer, veja-se o sucesso das passeatas pela N2, por isso resolvemos fazer da casa dele o nosso "Basecamp" e todos os dias saíamos bem cedo e chegavamos bem tarde, com muitas curvas feitas. E Espanha ali ao lado.
O primeiro dia foi gasto para nos encontrar-mos lá, eles vindos de Lisboa e eu do Porto. Como é nosso apanágio sempre que nos apanhamos na estrada, sozinhos ou acompanhados, saboreamos cada metro, cada paisagem, cada curva, por isso acabamos por gastar o dia todo. Encontramo-nos lá bem ao fim da tarde e para minha surpresa o anfitrião, respetiva esposa e filha tinham já tudo preparado para nós. Comida, dormida, tudo. Obrigado a elas pela paciência e trabalheira de aturarem quatro motociclistas de algibeira.
Alinhavamos o percurso para o dia seguinte, ou não. Apenas concordamos que deviamos fazer primeiro o dia mais comprido para as nossas costas que já contam com mais de vinte anos, não nos chatearem demasiado. É maravilhoso viajar sem bagagem. Tanto espiritual como no verdadeiro sentido da palavra. Um dia quente acompanhou-nos em curvas torcidas e retorcidas até ao Parque natural de Las Batuecas e volta. Encontramos ciclistas que pedalavam mais depressa que nos andavamos com as Vespa, Andamos quilómetros a vapores de gasolina partilhada pelos quatro, trocamos de viaturas para perceber o que poderia estar a causar a instabilidade de uma delas (como se as outras fossem estáveis!), encontramos piscinas no cimo de serras, usamos lenha como ferramenta, fizemos caminhos de terra que as cabras evitam, encontramos a casa do PPD, usamos arreferimento evaporativo, ficamos com o rabo "amassado", encontramos barragens grandes, comemos Gazpacho e alteramos rotas porque as pedras no caminho não nos deixaram mesmo passar. Cenário similar nos dois dias seguintes mas já só por Portugal, comigo a rumar a casa separando-me deles em Celorico da Beira. Mas agora o normal actual gosta mais de imagens e eu também, depois de tantos tempos fechado, amordaçado, controlado por regras estranhas, tal como o resto do mundo. São apenas momentos sem qualquer ordem especifica. Recordo-me da história deles todos. Espreitem.
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Junto à tão falada N2 |
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O maravilhoso Basecamp |
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Esta era a parte boa. |
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Ziguezague |
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Até hoje ainda não percebi. |
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Sim, molhou-o de propósito |
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Bonita, sim senhor |
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Momento de aliviar rabos |
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Industria feia |
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The Marvelous Three... Four |
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Assistência em Viagem |
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Já tomava banho... |
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Até para o ano |
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No cimo de uma serra, a sério! |
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Alongamentos |
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Jerrycan's e calor |
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Comitiva incluindo a equipa do Basecamp
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Foto By Vasco |
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Foto By Vasco |
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Foto By Vasco |
Foto By Vasco
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Foto By Vasco |
Obrigado Paulo e respetiva familia, obrigado Miguel, obrigado Vasco.
Só agora vi a tua crónica :-)
ResponderEliminarSoube bem ler e ver algumas fotos pela 1ª vez, obrigado!
Já ia de viagem agora, maldita clavícula !
Abraço,
Vasco
Também eu ia já
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