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21 de julho de 2021

Obrigado "Handa Nagazoza"

Quando se gosta de máquinas antigas a tentação em acumular motas na garagem é quase impossivel de resistir.

Adicionada à minha enorme dificuldade em separar-me de objetos que me proporcionaram momentos bons, está pronta a tempestade perfeita.

Num recente passeio com uns amigos, tive oportunidade de experimentar uma máquina mais recente e fiquei rendido. O dono comenta comigo que quando conseguimos libertar-nos fica-nos espaço, financeiro e fisico, para experimentar novos brinquedos. Esta ideia ficou-me a remoer durante meses.

É um facto que tenho rodas a mais na garagem e que por isso aproveito menos todas elas.

Mas é também verdade que tenho uma que não pode sair da minha vida, uma que me leva mais longe mais rapidamente, uma que está sempre pronta a arrancar, uma que me faz sentir um miúdo inconsciente a acordar a vizinhança, uma que...

E fui adiando.

O meu mecânico um dia em conversa comenta o aumento da procura e consequente valorização de uma das minhas scooters. Gaguejei, tossi duas vezes e entre dentes disse-lhe que se calhar até a vendia. Mudei de assunto.

Passado uns dias voltei à oficina a saber da Lambretta que tinha ido fazer umas afinações e perguntei-lhe se podia tratar dela em breve. Olhou para mim espantado e recordou-me que lhe tiha dito para lhe arranjar um novo dono! Mas tratava-se da "Handa Nagazoza", com palmarés conhecido no meio e por isso não a poderia entregar a qualquer um! Entre dentes reafirmei a intenção e dois dias depois liga-me a confirmar a transação. Nem a quis voltar a ver. Garantiu-me que para quem ía seria bem tratada e acima de tudo respeitada. Desde aì várias vezes me recordo e arrependo, mas não há como voltar atrás.

Obrigado Lambretta. Obrigado "Handa Nagazoza"

















:(











4 comentários:

  1. Amigo Guarda as boas memórias. E siga

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  2. Serei eu o responsável !??
    Não foi intencional!
    Há muito que sou um defensor da rotatividade de alguns dos brinquedos, acho que tem que haver sempre uma (pelo menos) que seja susceptível de sair para dar espaço (e fôlego) a novas experiências.
    Porém, nunca esperaria que a Lambretta fosse a escolhida, entre a Lambretta e a T5 achei que vendias a T5. A Heinkel não entra nestas contas, pelas razões que conhecemos.
    Resta-me esperar que tragas algo de novo para a garagem, e não aquele veículo escarlate de 4 rodas... :-)

    Abraço,
    Vasco

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    Respostas
    1. Atua responsabilidade ficou-se pela opinião, correta, das benesses da rotatividade. O resto foi só comigo, mesmo. Para já entra o dinossauro vermelho, sim. Mas ele não tira espaço às duas rodas. Largar a T5 não me fazia assim tanto sentido. É fiável, divertida e engraçada e assim mantive a Vespa para passear convosco e a TA para passear com os jagunços da zona. A Heinkel goza de imunidade, claro.

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