Ando de mota porque gosto.
Quando ficar demasiado velho para a usar, ela guardará as minhas lembranças.
Entretanto vou conhecendo pessoas que comigo partilham experiências e momentos.
Já me molhei, senti frio, calor, medo. Já caí, já me magoei, já me levantei.
Dentro do capacete já sorri muito, falei sozinho, cantei e talvez até já tenha chorado.
Já vi lugares maravilhosos e vivi experiências únicas.
Já curvei com destreza profissional e já conduzi como um aprendiz.
Parei mil vezes para sentir um lugar.
Já tive ajuda de desconhecidos e ajudei quem nunca tinha visto..
Saí de casa triste e voltei em paz.
Sei sempre que é perigoso e tento nunca deixar de ter medo.
Não é apenas um mero meio de transporte nem uma máquina com rodas. Não é um objeto de moda, nem um sinal de nada.
Quando me perguntam porquê, não sei responder. Por vezes suspeito que parte das sensações que me fazem sentir quem sou, estão em andar de moto.
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