Mesmo aqui no meu quintal, a Serra de Valongo oferece imensos trilhos para passear de bicicleta e observar paisagens desafogadas.
Hoje apeteceu-me ir até lá, mas também movido pela preguiça, lembrei-me de ir de Lambretta.
Afinal a "Handa Nagazoza" tinha que fazer jus às letras da matricula.
Segui assim até à Aldeia de Couce e reconhecendo o percurso que já fiz a pedal no sentido inverso, resolvi continuar.
Ao inicio o estradão de terra batida, buracos cheios de água e muita lama não colocaram grandes dificuldades, até que num local com algumas casas, um ancião recomenda-me seguir em frente, pois pela esquerda era só serra. Agradeci-lhe e para espanto dele, disse-lhe que era mesmo isso que eu queria.
À medida que o trilho piorava, cheguei a considerar dar meia volta, mas que diabo, estava a saber bem e a paisagem era já fenomenal. Aparece-me uma subida íngreme, em lousa e assustei-me um pouco. Não de cair, mas os cantos afiados destas pedras embirram em tentar cortar os pneus. Arrisquei.
Chegado ao cimo dou com uma equipa florestal num jipe, que me pergunta como diabo cheguei la acima "naquilo"! Oferecem-se para me tirar dali a Lambretta. Declino educadamente e explico que para estar num local com aquelas vistas tudo vale a pena. Concordam e já que quero continuar, dão-me o numero de telemóvel deles para se tivesse problemas mais à frente. Não tive.
Embrenhei-me pelo meu conhecido trilho, sempre em baixa velocidade e atenção máxima à lama e a poças de água de profundidade desconhecida. Uma delas ainda me molhou os pés, mas a magnifica preparação que a Motocentral fez no motor, permitiu-me chegar à Santa Justa sem percalços e todo enlameado.
Valeu mais que a pena.
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